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Doenças de pele: quais são e como tratar?

Há Por KARLA COSTA LANES GUERREIRO as 11:40 - 25/09/2024 Saúde

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A saúde da pele é essencial para o bem-estar geral. Afinal, além de influenciar em nossa aparência, o órgão também é a principal barreira do corpo contra infecções. No entanto, apesar de sua importância, a derme também está sujeita a diversas doenças, que podem surgir por diferentes fatores ou predisposição genética — o que pode impactar a vida de uma pessoa em diversos aspectos, desde a autoestima até a realização de atividades rotineiras.

Neste artigo, vamos conhecer as principais os principais tipos de doença de pele, pontuando suas causas, sintomas e as opções de tratamento disponíveis. Ao entender essas condições, é possível cuidar melhor da saúde da nossa derme. Continue a leitura e confira!

Um papo sobre as funções da pele

Antes de nos aprofundarmos nas doenças da pele, é interessante entendermos melhor o que é a derme e qual é o impacto desse órgão em nosso corpo, não é mesmo?

Para começar, você sabia que a pele é o maior órgão do corpo humano, representando cerca de 16% do nosso peso total? Pois é! Esse órgão desempenha diversas funções importantes para a nossa sobrevivência, agindo como uma barreira protetora contra agentes exteriores. Dentre essas funções, estão:

Função excretora

Realizada principalmente por meio das glândulas sudoríparas e sebáceas, a função excretora da pele expele para fora do corpo substâncias como: suor, sais minerais, ureia, ácido úrico e colesterol através da derme.

Função protetora

A pele atua como uma “barreira protetora” do organismo, impedindo a entrada de microrganismos prejudiciais, como bactérias, vírus e fungos e substâncias irritantes que podem causar infecções ou alergias. Além disso, o órgão controla a hidratação do corpo, evitando a perda excessiva de água.

Função de relação

A derme é rica em terminações nervosas, responsáveis por nos conectar ao mundo exterior. Assim, por meio da sua função de relação, podemos sentir o toque, a pressão, a dor e outras sensações no corpo, permitindo que o cérebro interprete o ambiente e responda da forma mais adequada.

Função termorreguladora

A função termorreguladora da pele ajuda a manter a temperatura do corpo estável. Se esfria, os vasos sanguíneos se contraem (vasoconstrição) e o corpo gera calor, mas se o tempo esquenta, os vasos se dilatam (vasodilatação) e o suor ajuda a resfriar o corpo

Função metabólica

A última função da derme é a metabólica, que é essencial para a síntese de vitamina D gerada pelo sol, absorção de cálcio, e para o armazenamento de energia na hipoderme (principal reserva energética do organismo).

Depois dessa explicação, fica fácil perceber como a pele é um órgão essencial para o nosso bem-estar, certo? Diante de sua importância, é fundamental entendermos os desafios que ela pode enfrentar. 

Por esta razão, no próximo tópico, enfim vamos conhecer algumas das principais doenças que podem afetar a pele.

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Doenças dermatológicas mais comuns

Doenças de pele são um grupo de condições inflamatórias e fibróticas que podem afetar, e muito, a vida das pessoas, tanto de forma física quanto emocionalmente. Portanto, qualquer alteração na derme, por menor que pareça, merece a atenção e deve ser avaliada por um(a) profissional dermatologista o mais breve possível!

E para te ajudar na identificação dessas condições, separamos abaixo as principais doenças na pele. Vem ver:

1. Melasma

O melasma é uma condição que causa o aparecimento de manchas escuras, geralmente amarronzadas, na pele. Essas manchas costumam surgir em áreas expostas ao sol, como rosto (especialmente bochechas, testa e buço), colo e braços. 

Essa condição pode ser caracterizada em 3 tipos diferentes:

  • Epidérmico: ocorre quando há um acúmulo excessivo de pigmento na epiderme, que é a camada mais externa da pele.

  • Dérmico: caracterizado pelo acúmulo de melanina em torno dos vasos sanguíneos superficiais e profundos.

  • Misto: aparece quando há um acúmulo de pigmentação na epiderme, na derme e em outras áreas.

A causa exata do melasma é desconhecida, mas fatores como alterações hormonais, exposição solar e predisposição genética podem desencadear essa produção excessiva de melanina, resultando nas manchas características da doença.

Vale destacar que o tratamento do melasma exige uma proteção solar rigorosa, inclusive contra a luz invisível. Além disso, o(a) dermatologista ainda pode recomendar cremes tópicos e procedimentos clareadores, como peelings químicos e terapias com luz ou laser, visando reduzir a pigmentação, se necessário.

2 - Psoríase

A psoríase, uma das doenças autoimunes de pele, se manifesta por meio de manchas vermelhas e escamosas, que aparecem recobertas por escamas esbranquiçadas, devido à produção acelerada e exagerada de células da derme. É uma condição benigna, porém, por ser esteticamente incômoda para muitas pessoas.

A causa exata da psoríase ainda permanece um mistério, mas acredita-se que esteja relacionada a uma resposta imunológica anormal que acelera o crescimento celular cutânea. Fatores genéticos também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Sobre o tratamento, a psoríase possui diversas opções, sempre com o objetivo de controlar o crescimento acelerado das células da pele e remover as escamas. As principais abordagens incluem: medicamentos tópicos, como cremes e pomadas, geralmente contendo corticosteroides, e fototerapia, que consiste na exposição controlada à luz ultravioleta, capaz de diminuir o crescimento das células cutâneas, além de reduzir a inflamação.

3 - Dermatite 

Dermatite é um termo “guarda-chuva” que engloba diversos tipos de doenças de pele inflamatórias, cada uma com suas próprias características e sintomas. Dentre elas, as condições mais comuns são:

  • Dermatite atópica: também chamada de eczema, é uma condição crônica marcada por pele seca e com coceira. Normalmente, aparece na infância e pode melhorar com o tempo, mas, em alguns casos, persiste na vida adulta.

  • Dermatite seborreica: outra forma comum de dermatite, causando descamação e vermelhidão, mas com forte presença no couro cabeludo. É mais comum em bebês e pessoas adultas entre 30 e 60 anos.

  • Dermatite de contato: ocorre quando a pele reage a uma substância irritante ou um alérgeno. Como consequência, a derme pode ficar vermelha, coçar e até formar bolhas.

O tratamento da dermatite varia conforme o tipo e gravidade, mas, no geral, inclui hidratação, evitar gatilhos que podem desencadear reações e o uso de medicamentos prescritos por um(a) dermatologista. Fica aqui o lembrete de que o acompanhamento médico é essencial!

4 - Vitiligo 

Essa condição se caracteriza pela perda da cor devido à diminuição ou ausência de melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina, fazendo com que apareçam manchas brancas na pele — com uma distribuição característica e tamanho variável.

As causas do vitiligo ainda não são totalmente conhecidas, mas há suspeitas de ligação com processos autoimunes. Traumas emocionais ou estresse também podem desencadear ou piorar a condição.

Para o tratamento, o processo varia de acordo com o(a) paciente e deve ser definido em acordo com um(a) dermatologista.De forma geral, as opções incluem: medicamentos para estimular a repigmentação, procedimentos como laser e até mesmo transplante de melanócitos.

5 - Micose

Micoses são infecções causadas pela proliferação de fungos, que podem afetar áreas como pele, couro cabeludo, unhas e regiões úmidas do corpo. No geral, essa condição se manifesta superficialmente, com manchas vermelhas ou prateadas em formato circular.

Os sintomas das micoses variam conforme o tipo e o lugar do corpo, mas alguns sinais comuns incluem: coceira, inflamação da pele, manchas esbranquiçadas, vermelhidão, fissuras entre os dedos e alterações nas unhas. Vale destacar que certos tipos de micose são contagiosos, como a micose de unha e a candidíase bucal, também conhecida como “sapinho”.

Quanto ao tratamento, geralmente, envolve o uso de medicamentos antifúngicos, que podem ser tópicos (cremes ou pomadas) ou orais, a depender da gravidade da infecção. Em casos mais graves, pode ser exigido um tratamento mais intensivo, que deve ser prescrito por um(a) médico(a) dermatologista.

6 - Rosácea 

A rosácea é uma condição crônica da pele que provoca vermelhidão, inchaço e vasos dilatados, principalmente no rosto. A derme afetada costuma ser sensível e mais seca, ficando vermelha com facilidade e reagindo de forma irritada a ácidos e produtos dermatológicos em geral.

Apesar da causa exata dessa condição permanecer desconhecida, especialistas acreditam que fatores genéticos, psicológicos (como o estresse) e a presença de microorganismos específicos, como o fungo Demodex folliculorum e a bactéria Bacillus oleronius, podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença de pele rosácea.

Dessa forma, também não há cura definitiva para a rosácea. Entretanto, procedimentos com cremes ou géis contendo metronidazol ou ácido azelaico, protetor solar e tratamentos com laser ou luz pulsada intensa (IPL) podem ajudar.

3 dicas práticas para prevenir doenças de pele

Agora que você aprendeu o que é a pele, suas funções e a importância de mantê-la saudável, é hora de conferir algumas práticas saudáveis que podem ajudar a prevenir doenças dermatológicas.

1° dica: use protetor solar todos os dias

A primeira prática é o uso de proteção solar — medida chave para a saúde da derme! Afinal, esse produto atua como um escudo contra os raios solares nocivos, os principais responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de pele. Outra dica é evitar a exposição solar especialmente nos horários de pico e usar o protetor inclusive em dias nublados, quando o sol não está aparente.

Leia também: Câncer de pele: atenção aos cuidados no verão

2° dica: mudanças no estilo de vida e na alimentação

Adotar uma dieta equilibrada e fazer mudanças no estilo de vida também pode contribuir muito para a saúde da pele. Para isso, consuma diariamente variadas frutas, legumes, verduras e laticínios magros, que contém vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras essenciais para o corpo. E atenção: moderação no consumo de gorduras e açúcares é crucial!

3° dica: limpeza e hidratação diária 

Por fim, higienize sua pele diariamente. A transpiração e a sujeira em excesso podem prejudicar a hidratação cutânea natural, tornando-a mais vulnerável a infecções, como as micoses. 

Para prevenir problemas como esse, recomendamos que você faça uma limpeza facial ao menos uma vez a cada dia. Você pode usar sabonetes, tônicos, entre outros produtos de sua preferência e conforme as particularidades da sua pele.

Leia também: Como montar uma rotina de skincare?


Neste artigo, conhecemos algumas das principais doenças de pele, suas características e os desafios que elas podem trazer. Como tratamento para algumas delas, vimos que alguns medicamentos podem ser prescritos pelo(a) médico(a) dermatologista. 

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